29 novembro 2010

O Tonico...



Chovera toda a noite.

As ruas eram autênticas ribeiras arrastando na enxurrada toda a espécie de detritos.
Os carros passando a alta velocidade espalhavam indiferentes água suja sobre os transeuntes, molhando-os, sujando-os.
O Tonico seguia também naquela onda humana, sem destino. Tinha-se escapulido da barraca, onde vivia. Os pais tinham saído cedo para o trabalho, ainda ele dormia, os irmãos ficaram por lá brincando, chapinhando na lama que rodeava a barraca.
Ele desceu à cidade, onde tudo o deslumbrava. Todo aquele movimento irregular, caótico, frenético.
Os automóveis em correrias loucas, as gentes apressadas nos seus afazeres.
E lá seguia pequenino, entre a multidão, numa cidade impávida, indiferente, cruel mesmo.
Passava em frente às pastelarias, olhava para as montras recheadas de doçuras, ele comera de manhã um bocado de pão duro e bebera um copo de água.
Vinha-lhe o aroma agradável dos bolos, o seu pequeno estômago doía-lhe com fome!
Chovia agora mansamente, uma chuva gelada, levando uma cidade onde se cruzavam o fausto, a vaidade, o ter tudo, os embrulhos enfeitados das prendas, com a dor da melancolia, o sofrimento, o ter nada e no meio uma criança triste e com fome!

Mas o Tonico gostava era de ver as lojas dos brinquedos.
Lá estavam os carros de corrida, o comboio, os bonecos, enfim todo um mundo maravilhoso que ele vivia, esborrachando o nariz sujo contra a montra.

Lá dentro ia grande azáfama nas compras de Natal.
E os carros de corrida, o comboio, os bonecos eram embrulhados em papeis bonitos para irem fazer a alegria de outros meninos.

Uma lágrima descia, marcando-lhe um sulco na sujidade da carita.
Eis que os seus olhos reparam num menino, que de lá dentro o olhava.
Desviou-se envergonhado. Não gostava que o vissem chorar. E afastou-se devagar, pensando nos meninos que tinham Natal, guloseimas e carros de corrida para brincar.

Ele nada tinha, além da fome e a ânsia de ser feliz e viver como os outros.
Pensou no Natal, no Menino Jesus, que diziam que era amigo das crianças a quem dá tudo.
Por que é que a ele o Jesus Pequenino do presépio nada dava?


Uma mãozinha tocou-lhe no ombro.

Voltou-se assustado.
Era o menino da loja que lhe metia na mão um embrulho bonito.
À frente a mãe, carregada de embrulhos, fazia de conta que nada via.
Abriu-o e deslumbrado viu um carro de corridas, encarnado, brilhante, como os olhos do menino que lá ao longe lhe acenava.

Ficou um momento sem saber o que fazer, mas depois largou a correr, mostrando bem alto a sua prenda de Natal.

Parara de chover, o sol tentava romper as nuvens escuras, lançando um raio de luz brilhante e quente sobre o Tonico, que ria feliz, numa carita sulcada pelas lágrimas.

É Natal, é Amor, são as Crianças!


Amigos, numa altura que já "cheira" a Natal pelas ruas, pelas lojas, centros comercias, enfim por tanto lado, que possamos olhar os outros com olhos de bondade, amor e carinho.

Bem hajam amigos queridos!

26 novembro 2010

A mulher sábia



A Mulher Sábia EDIFICA.

Gosto muito desta palavra que significa erguer, levantar, construir.
Podemos concordar com o autor do livro de Provérbios que a "edificação do lar" a que se refere não é certamente a construção material de uma casa. O que Salomão está a ensinar-nos aqui, é que está na mão da mulher, a edificação do seu próprio lar, no sentido do relacionamento familiar.
O facto de ser chamada de "sábia" indica que essa mulher teme e reverência ao Senhor. Ela edifica a sua casa com diligência, e ali tudo prospera, porque ela aprendeu que a sabedoria traz a felicidade e a prosperidade que almeja para a família.
A Mulher sábia cuida do lar, fazendo-o florescer e tornando-o um paraíso para os que nele vivem. Ela edifica o lar tomando decisões sábias no relacionamento com o marido e com os filhos.
Ela dedica-se ao casamento, pois sabe que a intimidade não acontece naturalmente, mas precisa ser desenvolvida. Toda a construção leva tempo e os tijolos vão sendo assentes um a um até que um lar sólido e firme seja concluído.
Cabe à esposa o papel de harmonizar o relacionamento com seu marido e com seus filhos. Deus deu este "poder" à mulher. E a forma mais antiga de edificar relacionamentos é através de palavras.

Através de palavras agradáveis, de incentivo, de encorajamento, de exortação, enfim... Através de palavras que transmitam graça aos que ouvem (Ef. 4-29).
Contudo, no nosso dia a dia, tal coisa pode não ser fácil pois as tarefas domésticas, o trabalho fora do lar, a educação dos filhos e as demais actividades, exercem uma pressão emocional sobre a mulher, a ponto de conseguir deixá-la "irritada", e assim as suas palavras acabam sendo palavras de “morte”, ou seja palavras que ferem, desanimam, provocam a ira, acabando por "derrubar o seu lar".
Precisamos como esposas, entender este papel que temos dentro do nosso lar, de edificá-lo, e tomar cuidado para que o corre-corre do dia, a rotina da nossa casa, ou mesmo influências externas, não venham interferir de tal forma na nossa vida e nos nossos sentimentos a ponto de tornar nossas palavras de vida em palavras de “morte”.
Se Deus nos deu um lar, um marido, filhos, é porque Ele também nos deu capacidade para edificar nosso lar com palavras de vida. E se não estamos fluindo vida dentro da nossa casa, a responsabilidade é nossa!
Não adianta nos justificarmos diante de nossas dificuldades.
Sei que muitas vezes podemos estar tristes, mas ainda assim, continuamos a ter dentro de nós o poder de abençoar nossa família.
Enfim, a mulher sábia crê que DEUS está e sempre estará no controle de suas decisões, para isso estas precisam estar amparadas na Palavra.



24 novembro 2010

Gosto de gente...





Há uns dias li este texto que se identifica muito comigo e que gostava de partilha-lo convosco!


Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço...

Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. ...admira paisagens, o sol e a chuva.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, ou de pessoas espontâneas como acabamos de ver...

Gente de coração desarmado, em ódio e preconceitos baratos.
Com muito amor dentro de si.

Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras as suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim como você.
E desconfio que é deste tipo de gente que Deus também gosta!


(Texto de Arthur da Távola)

22 novembro 2010

Ideias novas


De onde vêm as ideias novas? Deus é o Mestre. Talvez Ele não lhe dê uma ideia que renda 1 milhão de Euros, mas Ele pode ajudá-lo a ser mais criativo.
Um perito deu o seguinte conselho: Capte as idéias, anote-as antes que elas desapareçam e, em seguida, avalie-as. Use seu tempo para sonhar alto com o Senhor. Procure novos desafios. Amplie a sua perspectiva. Aprenda coisas novas.
Lembre-se que Deus é o seu Criador - e o Criador de tudo no universo. Peça que Ele inspire novas idéias que possam glorifica-lo e beneficiar a outros.
Somos criadores junto com Ele!

17 novembro 2010

O lápis






O menino olhava a avó que escrevia uma carta. A certa altura perguntou:
- Avó está a escrever uma história que aconteceu connosco? E por acaso, é uma história sobre mim?"
A avó parou a carta, sorriu e comentou com o neto:
- Estou a escrever sobre ti é verdade, mas mais importante do que as palavras é o lápis que estou a usar. Gostaria que fosses como ele quando crescesses.
O menino olhou para o lápis intrigado, e não viu nada de especial:

- Mas ele é igual a todos os lápis que vi na minha vida-, retrucou.

- Tudo depende do modo como olhas as coisas. Há cinco qualidades nele que, se conseguires mantê-las, serás sempre uma pessoa que fará a diferença, - respondeu a senhora. E enumerou:

Primeira Qualidade:

Tu podes fazer grandes coisas, mas não deves esquecer nunca que existe uma mão que guia teus passos. Essa mão é a de Deus. E Ele deve sempre conduzir-te em direcção à Sua vontade.

Segunda Qualidade:

De vez enquanto, eu preciso parar o que estou a escrever e usar o afia. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto que saibas suportar as dores, por que elas te farão ser uma pessoa melhor.

Terceira Qualidade:

O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entende que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

Quarta Qualidade:

O que realmente importa no lápis não é a madeira ou a forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuida daquilo que acontece dentro de ti.

Quinta Qualidade:

Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, que saibas que tudo que fizeres na vida irá deixar traços. Procura ser consciente de cada acção.

Vale a pena reflectirmos sobre isto.


15 novembro 2010

Valor verdadeiro


Na obra de J.M. Barrie, O Admirável Crichton, o conde de Loam, sua família e vários amigos naufragaram e foram parar a uma ilha deserta.
Estes nobres eram "especialistas" em falar, jogar cartas e desprezar os pobres. Porém, não sabiam acender uma fogueira, limpar peixes ou até mesmo cozinhar - as habilidades necessárias para sobreviverem.
Abandonados numa ilha deserta, o que a familia do conde e seus amigos sabiam fazer era completamente inútil para a sua sobrevivência.
Não fosse o seu mordomo Crichton, e teriam todos morrido de fome. Ele era o único que sabia o que fazer para continuarem a viver.
Em vista desta grande inversão de valores, Crichton tornou-se o chefe do grupo. Ele ensinou ao conde, sua familia e seus amigos, as habilidades que precisavam e ordenou seus esforços para garantir sua sobrevivência até que fossem resgatados.
É sempre muito bom lembrar-mo-nos de que o nosso lugar na sociedade é relativo. Se estamos lá em cima, precisamos lembrar-nos de que podemos chegar lá abaixo num piscar de olhos. Se nos sentimos deprimidos, precisamos saber que na ordem de Deus estamos sempre entre "os primeiros".
Talvez nunca alcancemos a fama e o reconhecimento das pessoas que gostaríamos de ter nesta vida, mas Deus não nos chamou para sermos conhecidos e admirados. Ele nos chama para sermos fiéis a Ele em qualquer situação em que estivermos.
Quando somos fiéis, podemos ver mais claramente quando Ele nos promove e nos torna aceites pelos outros.

11 novembro 2010

Ler com os ouvidos...


Embora seja importante ler as Escrituras diariamente, é muito mais importante ler até sentir no seu espírito que Deus falou consigo.
Não se preocupe em ler determinada quantidade de versículos ou capítulos. O importante é ler com os ouvidos atentos.
Lembre-se: quanto mais tempo você dedica a Deus, mais tempo Ele passa consigo. Seu dia será muito melhor, se deixá-Lo marcar o ritmo e ouvir o que Ele tem a dizer.

08 novembro 2010

Perdão


Muitos de nós gastamos muito tempo e esforço tentando justificar ou desculpar os nossos erros e pecados.
Na verdade, é muito mais fácil confessar os nossos erros e pecados, pedir perdão a Deus, buscar o perdão dos demais envolvidos e seguir em frente.
É o orgulho humano que nos impede de reconhecer nossos erros, e talvez seja este o motivo de o orgulho ser considerado como o principal pecado.
Ele impede que peçamos perdão, o que rompe nossa intimidade com Deus.
Comece o seu dia renovado. Peça que o Senhor o perdoe de tudo o que não foi perdoado. Aceite o Seu perdão. Corrija o que for necessário e comece a viver a vida que o Senhor escolheu para si!

05 novembro 2010

Viajantes do amanhecer



Quando Moisés liderou os filhos de Israel para fora do Egipto, o povo imediatamente experimentou um grande regozijo por ser liberto da escravidão. Contudo, enquanto viajava pelo deserto em direcção à terra prometida, o medo do desconhecido iria frequentemente assenhorear-se dos seus corações, mas eles confiaram e seguraram na mão de Deus.

Se calhar neste momento você está a passar por grandes oportunidades ou tremendas dificuldades, mas qualquer que seja o caso, segure na mão de Deus e caminhe com Ele.

Deixe que Ele lhe dê conforto e sabedoria no trajecto em direcção à terra prometida.




03 novembro 2010

Você tem valor!


Há dias em que é tão difícil sair da cama. A nossa motivação está a desaparecer ou já acabou completamente.
Somos tomados pela atitude: "Que diferença faz?"
Ficamos abatidos pela imensidão dos compromissos que nos aguardam.
Nossos talentos e recursos parecem minúsculos em comparação com as tarefas.
Nunca foi intenção de Deus que um indivíduo resolvesse todos os problemas da vida.
Mas Ele deseja que cada um de nós use quaisquer recursos e dons que Ele nos deu para fazer a diferença onde estivermos!

01 novembro 2010

Fora da "fossa"



Todos nós entendemos, talvez muito bem, o significado das palavras "depressão sazonal".
Outubro até é um mês "gostoso". O tempo começa aos poucos a esfriar, começamos a preparar-nos para o tempo mais frio, começamos a acender as lareiras, tomamos chocolate quente...
Mas, quando vem o Novembro, Dezembro... e as temperaturas começam a cair a "pico", ficamos um tanto deprimidos.
Não temos como nos aquecer, é difícil sair da cama, a água para o chuveiro custa a vir quente, o carro às vezes custa a ligar... enfim.
Nos países onde o sol brilha forte quase o ano inteiro, a depressão sazonal é quase inexistente - as ruas, as praias, as praças e restaurantes ficam cheios.
A mudança da estação, a esperança de vida das cores brilhantes da Primavera constitui-se num encorajameno grande.
Antes que a depressão sazonal o deixe em baixo, independentemente da estação do ano, dedique algum tempo para procurar as cores e os sinais de renovação que Deus traz à vida. Eles existem... basta procura-los.


prémios e miminhos ganhos