Das recordações dos meus Natais de criança, guardo na memória contos muito simples mas com muitas lições, que o meu avô contava na noite de Natal, após o jantar e enquanto esperavamos pela meia noite.
Mais tarde fiz isso também aos meus filhos, mas sei que esta tradição se está a perder e por isso colocarei aqui um pequeno conto, mas que também tem uma lição para cada um de nós e quem sabe se alguém que por aqui passa não a poderá contar neste Natal.
Ele era um homem bem sucedido naquela aldeia da Finlândia.
Alfaiate, sustentava com seu trabalho, a esposa e os filhos, até ao dia em que uma grande epidemia matou todos os seus amores.
Ficou só e por essa razão deixou de trabalhar. Dentro em breve ninguém mais o reconhecia, andando pelas ruas, maltrapilho e triste. Era um homem amargurado. Sem rumo na vida.
Era época de Natal.
Embora os cânticos do Natal se fizessem ouvir em todas as esquinas, ele continuava mergulhado em sua tristeza. De repente viu-se defronte a uma grande montra, cheia de brinquedos. Um garoto pobre olhava com desesperança e desilusão as coisas bonitas e vistosas.
Sem pensar por onde andava, ele foi seguindo por caminhos desconhecidos. Então, viu-se diante de um barraco onde as pessoas da aldeia jogavam lixo e bugigangas. Coisas que não queriam mais.
Até os seus olhos doerem, sua visão ficar embaçada e ele adormecer na cadeira. Ao despontar o dia, acordava e continuava o seu trabalho de amor.
” eu nunca saberei o que é ter brinquedos tão bonitos assim”.
O antigo alfaiate começou a chorar, pela primeira vez em muito tempo, não por si mesmo mas pelo menino. Pensou em quantas crianças como aquela, existiriam em sua aldeia, pobres que não teriam nenhum brinquedo naquele Natal.
Sem pensar por onde andava, ele foi seguindo por caminhos desconhecidos. Então, viu-se diante de um barraco onde as pessoas da aldeia jogavam lixo e bugigangas. Coisas que não queriam mais.
Entrou, sem bem saber porquê. Mas parecia que alguém lhe comandava os gestos. E agora, dizia-lhe, bem dentro do seu coração:
"Veja! Procure entre as bugigangas o que possa ser consertado. Leve para casa e conserte. Pinte. Presenteie. Faça uma criança feliz."
Ele começou a remexer os entulhos. Havia bonecas, carrinhos, e maravilha! Encontrou até um caixote de ferramentas.
Estavam enferrujadas mas ele as lixou, afiou e ficaram como novas.
Numa das divisões do caixote encontrou um jogo de agulhas de costura e linhas de muitas cores.
Ele pôs-se logo a trabalhar.
Nos dias seguintes, recolheu brinquedos quebrados por toda a parte. Discretamente, perguntou e informou-se onde morava cada criança carente da cidade. Trabalhou arduamente até altas horas da noite.Estavam enferrujadas mas ele as lixou, afiou e ficaram como novas.
Numa das divisões do caixote encontrou um jogo de agulhas de costura e linhas de muitas cores.
Ele pôs-se logo a trabalhar.
Até os seus olhos doerem, sua visão ficar embaçada e ele adormecer na cadeira. Ao despontar o dia, acordava e continuava o seu trabalho de amor.
Na noite de Natal ele saiu com vários embrulhos e foi andando, deixando em cada porta das casas das crianças da sua lista, um brinquedo.
Uma boneca, um carrinho, um cavalo de pau…
Uma boneca, um carrinho, um cavalo de pau…
A noite estava fria e ventava muito.
Várias vezes ele foi e voltou, até distribuir todos os sete grandes sacos que conseguira recolher e arrumar. Quando o dia despertou, os sorrisos se multiplicaram nas casas pobres, ante a surpresa e o encanto com os brinquedos.
Várias vezes ele foi e voltou, até distribuir todos os sete grandes sacos que conseguira recolher e arrumar. Quando o dia despertou, os sorrisos se multiplicaram nas casas pobres, ante a surpresa e o encanto com os brinquedos.
Que o verdadeiro espírito de Natal reine nos nossos corações.
5 comentários:
Querida Anita
Que lindo este conto de natal!
Gostei.
Vou "guardá-lo".
Desejo-lhe um lindo dia de segunda - feira
Um beijo
viviana
Lindo conto amiga.
Neste Natal,
deixe a magia tomar conta da sua família e envolver todos com o poder da união e da esperança.
Abra os olhos para novos projetos e transforme esta noite em uma grande festa, permitindo que a alegria contagie a todos e a felicidade esteja presente ao longo de todo o ano vindouro.
Bom dia!
beijooo.
Lindo, amei!!!
Vou contar para minhas filhas, para ajuda-las a entender que o verdadeiro espírito do natal é a fraternidade e não o comércio!
Tenha uma ótima semana minha querida amiga!
bjoo
Sil
Linda Anita
Como gostei do teu conto de Natal,vou guardá-lo para contar à minha Rita e também vou passa-lo à minha Ana, para ela contar aos seus meninos..na escolinha!!
Um bjo amigo,
Fica bem, fica com Deus,
Graça
Que linda história e grande lição de vida amiga!
Obrigada pelos parabéns no aniversário do meu marido, ficamos muito felizes com o gesto carinhoso!!!
Passei pra desejar-lhe uma linda semana, iluminada por Deus!!!!
beijo amiga querida!
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