29 março 2009
O elefante
Já alguma vez observaram um elefante no circo?
Durante o espectáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.
Que mistério!
Por que o elefante não foge?
Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia encontrado a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantezinho puxou, forçou, tentando soltar-se. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair.
A estaca era muito pesada para ele. E o elefantezinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espectáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo.
O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.
Isso muitas vezes acontece connosco!
Vivemos acreditando num montão de coisas que não podemos ter! que não podemos ser! que não vamos conseguir..., simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos nãos que a corrente da estaca ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim..."
Poderia dizer que o fogo para nós seria: a perda de um emprego, ou algum outro problema ou algo que nos fizesse sair da zona de conforto.
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!
Não espere que o seu "circo" pegue fogo para começar a movimentar-se.
Vá em frente!
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5 comentários:
QUERIDA ANITA, BELÍSSIMA POSTAGEM... DIVINAL E MUITO CERTA AMIGA...ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA
Bom dia Anita!
Queria pedir-te se podes voltar ao meu blogue e levar contigo o teu comentário para o Palimpnóia; acho que seria interessante o teu testemunho, como mãe a tempo inteiro e portuguesa. Realmente não conheço mães a tempo inteira pessoalmente, era isso que pretendia dizer, porém na blogosfera encontrei-te a ti e outra amiga, o que me deixa muito feliz, Anita. Na resposta aos comentários, que pretendo fazer, farei essa ressalva. Pode ser?!
Muito interessante esta analogia com o elefante do circo...eu não sabia! Pobrezinhos...e pobres de nós, também!
Uma boa semana pra vocês!
Beijocas.
A perda de um emprego,a morte de alguém muito importante nas nossas vidas...seria de facto saír da zona de conforto...temos de ter muita coragem no coraçao,para conseguir rebentar as hipotéticas correntes..mas o melhor mesmo, seria não deixar k o fogo nos conssumisse e conseguir,por nós, ultrapassar as barreiras...não é fácil ,mas com a ajuda de Deus Pai,de bocadinho em bocadinho vai-se conseguindo !!
Beijo para ti ,Amiga .
Essa história deixa que pensar!
Anita querida
Que bela postagem, primeiro pq respondeu o que sempre quis saber... Porque o elefante não se solta e foge dali? E pela força que essa postagem nos dá usando o exemplo do elefantinho. Tem coisas que travam nossas vidas e por mais que a gente tente se livrar nao consegue, agora vejo que é algo gravado no nosso subconsciente, é preciso muita força de vontade pra arrebentar as amarras.
Feliz semana.
Bjssss
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