19 maio 2009

Trigo




Narra uma lenda judaica que dois irmãos que haviam vivido sempre na cidade, resolveram fazer um passeio no campo.


Enquanto caminhavam, viram um homem que arava uma grande porção de terra e acharam muito estranho, não conseguiam entender porque ele destruía assim a campina.



Na seqüência, observaram que o homem colocava sementes nos sulcos que fizera.


Um dos irmãos achou que o campo era um local de loucos. Por isso, voltou à cidade.


O outro irmão, contudo, observou que poucas semanas depois, os pés de trigo começaram a brotar.


O campo era um imenso tapete verde.


Escreveu para o irmão para que viesse verificar, com seus próprios olhos, a maravilha.


Ele veio e realmente maravilhou-se mas, passados alguns dias, o verde dos brotos foi dando lugar ao dourado.

Então ambos entenderam o trabalho do semeador.


Depressa o trigo amadureceu.


O semeador trouxe a foice e começou a ceifar.

O irmão que havia retornado à cidade não conseguia acreditar no que via:
O homem parece doido, dizia.


Trabalhou o Verão todo e agora destrói, com suas próprias mãos, a beleza do trigal maduro.


E voltou para a cidade, fugindo do campo.

O outro tinha mais paciência.

Ficou e seguiu o fazendeiro.

Assistiu à colheita, viu-o levar o trigo para o celeiro.

Observou como ele retirou o joio do trigo e o cuidado com o armazenamento.


Sua admiração foi ainda maior ao dar-se conta de como um saco de trigo semeado transformara-se na colheita de todo um trigal.


Só então compreendeu a razão por detrás de cada acto do semeador.



Muitos de nós somos como o irmão impaciente da lenda.


Não aguardamos o tempo nem os resultados e julgamos Deus pelas aparências.


Pelo imediatismo.


Do plano terreno, que se assemelha a um vale muito grande, não conseguimos ter a visão ampliada da totalidade, nem constatar a sabedoria do plano divino.


Deus tudo realiza com justiça, misericórdia e amor.


Cabe-nos cultivar a paciência e buscar a montanha da meditação, da instropecção, para lhe descobrir a grandeza.

5 comentários:

Fernanda disse...

É isso mesmo e sobretudo falta-nos a fé absoluta! Quantas vezes a minha fé fraqueja...

Boa semana, Anita!
Beijinhos

Maria João disse...

Tudo tem o seu tempo. Cabe-nos pedir a Cristo a paciência necesária paar esperarmos, como Maria.


beijos

Teresa Calcao disse...

Linda historia,Anita.....e tambem eu gostava de ser mais paciente e com uma fe mais viva,para nunca duvidar do trabalho do Senhor!!!!!!!
Beijinhos

carmen disse...

Muitas vezes não entenemos o todo, e reclamamos pelas partes, que nos parecem sem razão...

bjs

Viviana disse...

Anita querida,

Já viu, mas venho informá-la que tem um desafio lá no meu cantinho.
um beijo

viviana

prémios e miminhos ganhos